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feu: feira de
expedições
urbanas

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nov. de 2016

No segundo semestre de 2016, o grupo leve se reuniu regularmente com a proposta de realizar um evento que, após vários encontros e discussões, configurou-se como uma feira de expedições urbanas, criando a proposta de oferecer ao público interessado quatro diferentes percursos simultâneos, cada qual coordenado por um propositor e membro do grupo, definindo eixos temáticos distintos.

Cada um desses eixos de deriva, correspondia a uma perspectiva crítica sobre a espacialidade que se estrutura a partir da lógica urbana e/ou da paisagem, abordando discussões de relevância ética-estética-política na contemporaneidade.

Método

(1) Apresentação sobre o histórico de atividades do grupo leve e introdução à proposta dos eixos temáticos das derivas;

(2) Expedições simultâneas;

(3) Reunião dos grupos para discutirem separadamente a experiência realizada e para consolidarem uma forma de apresentação da experiência para os outros grupos,  sistematizando o material coletado e/ou desenvolvido;

(4) Compartilhamento da experiência de expedição com todos os participantes e convidados.

Eixo 1: CARNAVANDÁLIA

A carnavalização do espaço público como vivência política de resistência aos projetos neoliberais de cidade.

“A expedição urbana revive a alegórica fantasmagoria do carnaval belorizontino.  Dançar, ocupar e perder tempo durante o trajeto: Praça da Estação – Aarão Reis – Rua da Bahia – Augusto de Lima – Praça Raul Soares. [Traje à rigor (montação), fones de ouvido, parafernálias cosmocarnavalescas].” (Thálita Motta)

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Eixo 2: EXPEDIÇÃO MINERÁRIA

 

Implicações entre paisagem local e paisagem global a partir de experiências nos arredores de uma mina na região metropolitana.

“A proposta consiste em percorrer as estradas e trilhas dentro do complexo minerário onde se localiza a Mina do Pico, em Itabirito/MG. A paisagem natural, transfigurada pela ação humana, encontra-se carregada de elementos artificiais e outros indícios desse processo de ocupação. Trata-se de um território fértil para reflexão, devaneio e criação.” (José Lara)

Eixo 3: RODA PEÃO

A relação de pertencimento e sensorialidade do lugar como espaço ocupado por meio de narrativas de (r)esistência em Belo Horizonte.

“Os participantes são convidados a percorrer os espaços do entorno da Escola de Belas Artes em busca de árvores e arbustos frutíferos para, no final da jornada de coleta, elaborar uma refeição oferecida aos colegas das demais ocupações da UFMG. Partilha. Acasos e achados. Qual será o sabor desta deambulação transformada em dádiva|alimento comungado?” (Armando Queiroz)

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Eixo 4: CARAVANA ROLIDEI

 

A ressignificação e subversão da experiência turística na cidade por meio da perspectiva sensível do detalhe e suas “desimportâncias”.

“A Caravana te leva para conhecer os elementos mais importantes da capital mineira. Mas lembre-se: a importância é relativa. À Caravana interessa, antes de tudo, o atlas imprevisto do detalhe, e pode ser que nela, entre uma pipoca e um churros, os grandes monumentos se percam de vista." (Isadora Bellavinha)

A partir da vivência estética específica de cada percurso, com seus respectivos dispositivos de atuação e deslocamento, foram levantados materiais representativos da memória dos lugares, registros individuais e coletivos, produções artísticas em diversos formatos, tais como fotografia, desenho, vídeo, performance e texto, figurando como resultados compartilháveis.

 

O debate realizado na primeira etapa de trabalho, decorrendo da constatação de que o grupo seria bastante restrito, sobretudo em função do período de ocupações universitárias em que entramos, culminou na decisão sobre a aglutinação dos três eixos caracteristicamente urbanos em um trajeto que possibilitou acionar as três propostas. Duas foram fundidas, realizadas simultaneamente (carnavandália e caravana rolidei), e a terceira, consecutivamente (roda peão), a qual foi realizada já à noite, no espaço da Escola de Belas Artes, no preparo de um sopão junto aos estudantes que participavam da Ocupação.

Participantes: 

Armando Queiroz. Elisa Campos. Frederico Caiafa. Isadora Belavinha. José Lara. Mônica Vaz. Nathaly Ferreira Silva. Thálita Motta.

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